A pressão do posto se esconde por trás do sorriso solto. Capitã da seleção brasileira de vôlei, Gabi se acostumou a encarar todo desafio com a mesma leveza de sempre. Desde sua estreia, em 2012, já são dez anos com a camisa do Brasil. A ponteira, que chegou ao grupo como revelação, se tornou no símbolo de uma renovação. Agora, tenta levar um grupo renovado ao título inédito do Mundial, que terá início na próxima semana.
O Brasil estreia no Mundial no próximo sábado, às 15h30, contra a República Tcheca. O sportv2 transmite a partida ao vivo, e o ge acompanha tudo em tempo real. A seleção está no grupo D do Mundial e busca um lugar entre as quatro que avançam à segunda fase.
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Gabi comemora ponto do Brasil na Liga das Nações — Foto: Divulgação/FIVB
Gabi assumiu o posto de capitã da seleção neste ano, na Liga das Nações. O papel de líder, porém, já exerce há tempos. Ao substituir a amiga Natália, que deu adeus à equipe, manteve o sorriso de sempre. Agora, guia um grupo renovado, as sem sentir o peso da expectativa.
– Eu sei que, hoje, naturalmente as pessoas me têm como referência. Não só dentro do time, mas fora também. Cria-se uma expectativa muito grande, até pelas temporadas incríveis que eu consegui fazer na Turquia nesses anos – disse a ponteira, de 28 anos.
Gabi tem razão. Com a camisa do Vakifbank, a ponteira ganhou todos os títulos que disputou na temporada. Foi além. Na Champions League, deixou a quadra com o troféu de MVP, desbancando Paola Egonu, a maior atacante da atualidade. Um ano que a alçou à disputa de melhor jogadora da atualidade.
A ótima temporada, claro, aumenta as expectativas. Gabi, porém, não foge. Acredita, sim, que pode deixar o Mundial com o título debaixo dos braços.
– Nosso grande objetivo é ser campeãs mundiais. Entendemos que não somos as grandes favoritas, mas que a gente tem um grupo com potencial muito grande, com jogadoras muito altas. Nos últimos ciclos, não tínhamos em algumas posições jogadores com uma força física tão grande e com altura um pouco maior. É imprimir nossa velocidade, que acho que vai ser o mais importante – disse.
Gabi tem um suporte e tanto do lado de fora da quadra. Sheilla, bicampeã olímpica, ajudou na preparação para o Mundial. Referência de uma geração, a ex-jogadora é mais uma a festejar a importância da nova capitã.
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Gabi vôlei Brasil Liga das Nações — Foto: Divulgação FIVB
– Eu sei que ela se incomoda às vezes de as pessoas falarem que ela é a melhor do mundo. Eu sei que é difícil falar isso. Porque, para mim, não existe uma jogadora melhor do mundo. Existem momentos. Mas ela com certeza figura entre as melhores há algum tempo e vai figurar durante alguns anos ainda. Até pela dedicação, disciplina, a vontade de melhorar sempre a cada dia uma coisinha. Ela busca sempre essa evolução.
Zé Roberto, porém, vai além. Para o técnico, Gabi é, sim, a melhor do mundo na posição.
– Eu sou suspeito pra falar, eu diria que hoje ela é a melhor do mundo na posição. ninguém no mundo recepciona o saque adversário como ela, tem o número de acertos que ela tem e jogar com a velocidade que ela joga e com os ângulos que ela consegue hoje no ataque. ela está num momento esplêndido da carreira dela.
Fonte: GE