Carajás Esporte

verde

nova liga nos EUA

Fabiana desabafa sobre saída do Osasco e explica decisão de jogar em nova liga nos EUA

Após três meses, bicampeã olímpica de vôlei fala sobre rompimento com ex-clube, expectativa da mudança para os Estados Unidos e o fim da carreira

Já se passaram mais de três meses que a bicampeã olímpica Fabiana Claudino deixou o time de Osasco e anunciou a ida para os Estados Unidos para atuar em uma nova liga, a League One Volleyball, a partir de setembro. Mas, durante todo esse tempo, a central preferiu falar pouco sobre os novos rumos de sua carreira e o que aconteceu para, pela primeira vez, pedir para sair de um clube. Em entrevista ao ge, ela se abriu sobre essas mudanças e as expectativas para esta temporada.

Fabi foi cuidadosa ao falar sobre o rompimento com o time de Osasco, em novembro do ano passado, quando alegou problemas pessoais.

– Uma coisa aconteceu sim, e eu não quero abrir, mas quantas vezes na minha carreira vocês viram eu pedir para sair de um time? Nunca. Eu não ia sair “de feliz”, eu não ia sair para ficar em casa ou porque eu fechei contrato lá nos Estados Unidos. Falaram também que eu tinha saído porque não queria disputar posição com a Brionne, a Callie (as norte-americanas que também são centrais em Osasco)… Mas, gente, eu disputei posição a minha vida inteira – explicou.

A atleta também fez questão de dizer que a oportunidade de jogar na League One veio depois de sair do Osasco, mas que foi a chance perfeita para o momento da sua carreira.

– Eu juro pelo meu filho, não tinha contrato, não tinha nada quando saí (do Osasco). No campeonato lá, no time tem eu e uma ponteira dos Estados Unidos. A gente não tem técnico, não sei quem é levantadora, não tem líbero, o time ainda está sendo fechado. Eu sempre tive o sonho de jogar nos Estados Unidos. Querendo ou não, estou mais no final da minha carreira. Ter a oportunidade de ir para um campeonato lá, jogar em alto nível e com as melhores, eu me sinto muito honrada e grata por ter essa chance. Quero fazer um projeto lá, as coisas vão andando uma com a outra.

Por ter sido a primeira estrangeira confirmada para jogar na LOVB, Fabi admite que bate uma ansiedade para entrar em quadra.

– Me dá frio na barriga em saber como serão as coisas. Nos Estados Unidos, as pessoas respiram esporte, elas dão valor. Mas eu não tenho dúvidas de que vai ser muito legal porque eles pensam em fazer um projeto gigante, que envolve a criançada, e fazer o esporte crescer num todo – emendou.

Antes de partir para Atlanta, onde fechou contrato por duas temporadas, Fabi está aproveitando o tempo para trabalhar, estudar e, principalmente, curtir a família.

– Minha vida anda um “mix” de um monte de coisas. Sou bem acelerada, então agora é que eu estou um pouco mais tranquila porque tenho um tempo até meu próximo objetivo, meu próximo desafio. Estou aproveitando muito essa fase do Asaf, meu filho, que mês que vem completa três anos. Estou vendo ele crescer, posso brincar, estar junto, levar à escola, participar de reunião de mães. Também estou bem mais próxima do meu esposo, que também tem uma vida corrida porque é músico. Agora a gente consegue ter um tempo para jantar, sair e viajar. Também estou estudando inglês porque isso vai ser fundamental para mim, e estou fazendo alguns cursos. Meu sonho era fazer psicologia, mas é presencial e por quatro a cinco anos. Estou fazendo um um curso de gestão pessoal com ensino à distância – contou Fabi.

Além disso, a jogadora virou sócia de Ana Flávia, que foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta 96, em uma agência que gerencia a carreira de atletas.

– A Ana Flávia é a minha empresária e, agora, minha sócia. Estamos olhando e cuidando de alguns atletas. Quero que a gente possa ajudar a construir a carreira desses atletas, estou sempre conversando com eles e os apoiando. Estou tentando me achar, entender o que eu quero. Penso mil coisas, mas é difícil!

Fonte: GE

COMPARTILHE

Recomendado para você

alegria
Autor de dois gols no último jogo, Esli quer “transmitir alegria” quando entra em campo
invicto
Com derrota da Tuna, Paysandu é o único invicto do Campeonato Paraense
FPF
Caeté e Águia repudiam ataque racista contra o atacante Fidelis
Parazão
Júlio foca em “corrigir erros” da Tuna para reverter vantagem do São Francisco no jogo de volta das quartas