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Brasil mostra força, vira sobre a China e reage no Mundial

Sob o comando de Tainara, novidade no time neste sábado, equipe começa mal, mas se impõe na sequência e se recupera após derrota. Agora, espera definição de jogos da próxima fase

No primeiro set, os erros ainda estavam ali. Sob o peso da derrota para o Japão, o Brasil parecia nervoso na quadra do Gelredome. Mas havia espaço para mudança – e a resposta foi imediata. Ao deixar a tensão de lado, a seleção se impôs. Em seu melhor jogo, se recuperou no Mundial com uma vitória firme sobre a China neste sábado: 3 sets a 1, parciais 23/25, 25/17, 25/22 e 25/ 22.

Com a vitória, a seleção derruba a invencibilidade da China e fecha a primeira fase na segunda colocação do grupo D. Para terminar na liderança, precisava vencer por 3 a 0. Não conseguiu, mas se manteve firme na briga pelo título.

Agora, o Brasil folga neste domingo e aguarda os resultados da última rodada para conhecer seus rivais na segunda fase do Mundial. Na próxima etapa, a seleção encara os classificados do grupo A – Itália, Bélgica, Holanda e Porto Rico já garantiram a vaga. Falta, no entanto, a definição das posições para a montagem dos confrontos.

Carol ataca após levantamento de Macris — Foto: Divulgação/FIVB

Carol ataca após levantamento de Macris — Foto: Divulgação/FIVB

Como foi o jogo

 

Ainda sob o nervosismo da queda do dia anterior, o Brasil começou mal. Os erros de posicionamento e de defesa ainda estavam ali. A reação, porém, veio na sequência. Novidade do time, Tainara foi o nome do jogo. Agressiva em todos os fundamentos, a jogadora se mostrou fundamental para a vitória. Carol, de volta, também acertou o bloqueio brasileiro. Gabi também voltou ao seu melhor e foi outro destaque do time.

Números do jogo

 

Maiores pontuadoras:
Tainara (BRA): 22 pontos
Li (CHN): 22 pontos
Gabi (BRA): 17 pontos

Pontos de ataque:
Brasil: 68 pontos
China: 52 pontos

Pontos de bloqueio:
Brasil: 7 pontos
China: 8 pontos

Pontos de saque:
Brasil: 5 pontos
China: 4 pontos

Pontos em erros adversários:
Brasil: 18 pontos
China: 22 pontos

1° set – Brasil começa mal, reage, mas China sai na frente

 

Quando Li subiu sozinha junto à rede, uma pancada da chinesa abriu a contagem. A China abriu 3 a 0 até com certa facilidade. Carol, de volta ao time, deu início à pontuação para o Brasil. Os problemas defensivos da derrota para o Japão seguiram. Quando as rivais abriram 6/2, Zé Roberto parou o jogo pela primeira vez.

O Brasil até tentava equilibrar as ações. Mas o time parecia nervoso, ainda sob o peso das falhas do dia anterior. Ao não conseguir engatar uma sequência, a seleção viu a China disparar. Quando o placar marcou 20/14, no ponto de Yuan, Zé parou o jogo pela segunda vez. O Brasil melhorou. Tainara deu início a uma boa sequência de saques. A vantagem, que chegou a ser de sete pontos, caiu para dois (22/20). A China chegou ao set point, mas um bloqueio de Carol manteve a seleção no jogo: 24/23. Foi a vez de o time asiático pedir tempo. Na volta, a reação brasileira chegou ao fim no bloqueio sobre Gabi: 25/23.

Brasil tenta a defesa em jogo contra a China — Foto: Divulgação/FIVB

Brasil tenta a defesa em jogo contra a China — Foto: Divulgação/FIVB

 

2° set – Brasil faz seu melhor set e deixa tudo igual

 

Um ataque para fora de Tainara abriu a contagem no segundo set. Ela se recuperou na sequência ao deixar tudo igual. O Brasil se manteve firme, ainda embalado pela reação no fim do set anterior. Foi a vez de a seleção abrir vantagem. No ataque de Gabi, 6/3 e pedido de tempo chinês. O momento, porém, era brasileiro. No belo ataque de Carol Gattaz, a seleção abriu 9/4. Pouco depois, a central ampliou ao marcar mais uma vez com um ace: 12/5.

A China até ameaçou voltar. Conseguiu diminuir a diferença no placar, mas o Brasil seguiu firme. Tainara, maior novidade do jogo, se mostrava o diferencial. Agressiva no saque e no ataque, a ponteira/oposta fez a seleção se impor. Foi na marra, mas, àquela altura, o Brasil vivia seu melhor momento no Mundial. Ao não abrir brechas para qualquer reação rival, o time brasileiro fechou a conta no erro de saque chinês: 25/17.

3° set – Brasil reage no set, vira e passa à frente

 

No ataque para fora de Gabi, a China largou na frente. O empate veio na sequência, com o saque na rede do lado de lá. Tainara, duas vezes seguidas, fez o Brasil marcar 3/2 e tomar a frente pela primeira vez. Mas a China voltou melhor à quadra. Depois de um rali, Li largou no fundo da quadra e abriu 7/5 para as asiáticas. Não demorou para que o Brasil voltasse a igualar o placar com um bloqueio de Macris. As chinesas, porém, retomaram a dianteira. Depois de um bloqueio sobre Gabi, abriram 10/7 e obrigaram Zé a pedir tempo.

Foi a vez de o Brasil reagir. O empate veio com Gabi em 10/10. Era um jogo tenso. A China até voltou a abrir, mas um bloqueio de Carol Gattaz fez a seleção voltar a encostar em 16/15. O empate veio mais à frente, com uma china azeitada de Macris para Carol, marcando 18/18. A China, então, pediu tempo. No erro de Wang, o Brasil passou à frente. Abriu três pontos depois de um novo ataque chinês para fora, com 22/19. Foi a senha para o Brasil acelerar e fechar depois de um erro de saque das rivais: 25/22.

4° set – Brasil segura a China e fecha o jogo

 

Um ataque firme de Gabi abriu a conta no set. A bola demorava a cair dos dois lados. Mas, quando Tainara encheu a mão para marcar 5/2, a seleção conseguiu uma folga no placar. A China dava trabalho, claro. Mas o Brasil conseguia se manter firme. Em um erro das rivais, marcou 10/6. As chinesas encostaram mais uma vez e ficaram a um ponto do empate (10/9). Um ace de Carol, porém, deu mais tranquilidade ao Brasil: 14/11.

Ainda que a China tentasse a reação, o Brasil seguia intenso. Os potentes ataques de Li causavam apreensão vez ou outra. Mas a seleção apresentava o seu melhor lado. Com uma largadinha espetacular, Macris marcou 19/16. Pri Daroit aumentou a vantagem com um ataque de fundo logo depois. A China cortou dois pontos de vantagem, e Zé parou o jogo para arrumar a casa. Conseguiu. Quando a China voltou a encostar, Zé parou mais uma vez. Faltava só um ponto para fechar a conta. Deu certo. Na reta final, o Brasil fechou a conta em 25/22 e se manteve firme no Mundial.

Fonte: GE

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