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Cachorrão e Nathalie Moellhausen serão os porta-bandeiras do Brasil no Sul-Americano

Campeã mundial na esgrima e medalhista de bronze no Mundial de natação foram escolhidos para representar os atletas na cerimônia de abertura da competição que começa neste sábado em Assunção, no Paraguai

A campeã mundial de esgrima Nathalie Moellhausen e o nadador Guilherme Costa, conhecido como Cachorrão, medalhista de bronze nos 400m livre no Mundial Budapeste 2022, serão os porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Sul-americanos de Assunção, no Paraguai. O evento começa nesta sábado, 1º de outubro, com a cerimônia de abertura no no histórico Estádio Defensores Del Chaco. O ex-judoca olímpico Sebástian Pereira, chefe da Missão do Time Brasil, deu a notícia aos atletas nesta sexta, na capital paraguaia. A delegação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) contará com 464 atletas em 45 modalidades.

Nathalie Moellhausen e Guilherme Cachorrão Costa com a bandeira do Brasil em Assunção — Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Nathalie Moellhausen e Guilherme Cachorrão Costa com a bandeira do Brasil em Assunção — Foto: Gaspar Nóbrega/COB

– Para nós, do Comitê Olímpico do Brasil, é uma honra termos como representantes na Cerimônia de Abertura dois grandes atletas, que sempre representam o Brasil nas principais competições pelo mundo com muita garra e perseverança, conquistando medalhas e sendo bons exemplos para os mais jovens – disse Sebástian.

Um dos maiores destaques da nova geração da natação brasileira, Cachorrão, de 23 anos, já tem um histórico de sucesso em Jogos Sul-americanos. Na última edição, em Cochabamba 2018, ele faturou duas medalhas: ouro nos 400m livre e prata nos 1500m livre.

– É uma competição superimportante, um passo para os Jogos Olímpicos. Eu já vivi essa experiência em 2018 e foi muito importante para o meu crescimento – disse o nadador.

Nathalie Moellhausen entrou para a história da esgrima e do esporte brasileiro ao conquistar o ouro na espada no Campeonato Mundial de Budapeste, na Hungria, em 2019, numa campanha irretocável com 12 vitórias em 12 combates. Foi a primeira medalha do Brasil em um Mundial da modalidade. Nos Jogos Pan-americanos de Lima, conquistou o bronze na espada individual, repetindo o feito de Toronto 2015.

– É a minha primeira vez nos Jogos Sul-Americanos. Estou vendo tudo que está sendo feito em Paris, onde eu moro. Acredito que Assunção 2022 é uma etapa importante nesse ciclo olímpico. Fico muito orgulhosa de representar os atletas brasileiros na Cerimônia – disse a esgrimista.

A escolha dos porta-bandeiras mescla, além dos gêneros, a experiência de um dos maiores nomes do esporte olímpico do Brasil, com a juventude de um atleta em ascensão. Não haverá restrições à participação de atletas e oficiais no desfile de abertura, mas a recomendação é que, por conta do desgaste físico, atletas que compitam no dia 02 evitem a Cerimônia.

– A cerimônia é um momento único e que dá início ao grande evento! Tenho a certeza da vontade de todos estarem na cerimônia, mas precisamos preservar os atletas que irão competir no dia seguinte, devido ao desgaste do evento bem como os deslocamentos de ida e volta. Não temos dúvida de que aqueles que estiverem representando a delegação do Brasil no Defensores del Chaco estarão vibrando e transmitindo muita energia positiva aos paraguaios e, principalmente, para toda a nossa delegação – explicou Sebastian Pereira.

Com duração prevista de duas horas, a Cerimônia de Abertura será transmitida ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil a partir das 20h45, no horário de Brasília. Será a primeira transmissão dos Jogos Sul-americanos na plataforma de streaming do COB.

Nathalie Moellhausen veste o novo uniforme de esgrima desenhado por ela mesma — Foto: Divulgação

Nathalie Moellhausen veste o novo uniforme de esgrima desenhado por ela mesma — Foto: Divulgação

 

Perfis

 

Nathalie Moellhausen
Filha de mãe brasileira e pai alemão, a atleta defendeu a Itália, país onde nasceu, até 2013. Pelo país europeu, conquistou a medalha de ouro por equipes no Mundial de Esgrima na Turquia, em 2009. Em Londres 2012, também representou o país europeu. Já pelo Brasil, foi medalha de bronze no individual e por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, no Canadá, e representou o país nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Na ocasião, flertou com a medalha, ao ser derrotada nas quartas de final e terminar entre as oito melhores.

Os primeiros passos de Nathalie na modalidade foram aos cinco anos de idade, em Milão, na Itália, depois que integrantes da federação local fizeram uma demonstração em sua escola. A brincadeira ganhou ares de seriedade a partir dos nove anos, quando ingressou numa academia para treinar. Artista, empresária e modelo fotográfico, ela está sempre a procura de treinamentos que ajudem no condicionamento mais apropriado de seu corpo para todas as atividades a que se dedica.

Guilherme Costa vai ao pódio nos 400m livre — Foto: Divugação/CBDA

Guilherme Costa vai ao pódio nos 400m livre — Foto: Divugação/CBDA

Guilherme Costa, o Cachorrão
Nascido em 1998, no Rio de Janeiro, Cachorrão começou a se destacar em 2017, quando quebrou o recorde sul-americano dos 1500m livre quatro vezes. Nos Jogos Sul-Americanos de 2018, em Cochabamba, ganhou a medalha de ouro nos 400m e a prata nos 1500m livre. No mesmo ano, no Troféu Sette Colli (piscina longa) em Roma, ele quebrou o recorde sul-americano nos 800 metros livres, com um tempo de 7m50s92. Nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, ganhou ouro nos 1500m livre, com um tempo de 15m09s93, repetindo o feito de Tetsuo Okamoto, que venceu na primeira edição dos Jogos, em 1951.

Mas o grande momento da carreira viria no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2022, em Budapeste, Hungria. Ele se tornou o primeiro brasileiro e sul-americano na história a ganhar uma medalha na prova dos 400 metros livres, obtendo o bronze com o tempo de 3min43s31, novo recorde Sul-Americano. Nos 800m livre, Costa quebrou o recorde sul-americano com o tempo de 7m45s48, terminando em 5º lugar, a melhor posição já obtida por um sul-americano na prova. Nos 1500m livres, Costa destruiu o recorde sul-americano, baixando em mais de 4 segundos, com o tempo de 14m48s53, terminando em 6º lugar e igualando a melhor marca da história do Brasil na prova (6º lugar de Luiz Lima em 1998). Ainda competiu nas Águas Abertas, na Equipe Mista de Revezamento 6km, onde o Brasil terminou em 5º lugar.

Fonte: GE

 

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