A Fifa segue firme com o plano de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos. Nesta semana, em reunião virtual no “Fifa Global Summit”, a entidade apresentou a 207 de seus associados dois estudos independentes que detalham os ganhos financeiros que uma Copa bienal traria ao futebol.
O faturamento passaria de US$ 7 bilhões para US$ 11,4 bilhões “por ciclo”, segundo os estudos realizados pelas consultorias Nielsen e OpenEconomics.
Esse montante representa cerca de R$ 25 bilhões de arrecadação a mais e seria atingido através de venda de ingressos, publicidade e direitos de transmissão.
Um fundo de solidariedade de US $ 3,5 bilhões seria estabelecido também com receitas a serem distribuídas de até US$ 25 milhões para cada uma das federações associadas à Fifa.
O repasse para cada membro aumentaria 50%, cerca de US$ 9 milhões por ciclo de quatro anos, segundo a entidade. Não houve nenhuma votação sobre o projeto, e a reunião teve um caráter de “convencimento” da Fifa aos seus membros.
O estudo da OpenEconomics diz que a Copa do Mundo masculina bienal geraria um ganho no produto interno bruto (PIB) de mais de US $ 180 bilhões em um período de 16 anos, além de dois milhões de empregos em tempo integral.
O projeto da Fifa é válido tanto para o futebol masculino quanto feminino. A entidade também promete menos viagens e mais período de descanso aos atletas com o novo calendário.
O dirigente disse que os estudos de viabilidade completos serão publicados nos próximos dias, mas não se comprometeu a colocar os planos em votação no Congresso da Fifa no Catar em março.
A Uefa, a Conmebol e diversos clubes europeus e federações já se manifestaram totalmente contrárias a essa mudança no calendário do futebol mundial. Alguns jogadores também fizeram coro contra a proposta.
Na semana passada, foi anunciado que as seleções da América do Sul vão jogar a Nations League a partir de 2024, numa clara reposta da Uefa e da Conmebol à intenção da Fifa da Copa do Mundo bienal.
(ROMA NEWS)