O goleiro Fábio se despediu do Cruzeiro na noite desta quarta-feira, 5. O jogador publicou uma carta em que dá adeus ao clube depois de 17 anos — ele chegou à Toca da Raposa II em 2005 — e explicou que a proposta recebida pelo clube era de redução salarial e de contrato até o fim do Campeonato Mineiro.
Após duas reuniões, o atleta se viu obrigado a recusar o que foi proposto pela nova gestão, liderada por Ronaldo Fenômeno. O jogador estava disposto a reduzir os salários, mas não recebeu garantias sobre o pagamento da dívida antiga — há pendências desde 2019, quando o time foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Além da falta de garantia, o atleta recebeu proposta para ficar na Toca da Raposa II somente até o fim do Campeonato Mineiro, previsto para abril. O tempo de vínculo também incomodou o veterano.
“Com coração apertado, com lágrimas e dor, eu preciso aceitar que não contam comigo no clube. Quero deixar claro que aceitaria a readequação ao novo teto salarial, mas essa nova administração também não me deu essa opção. Mostrei total disponibilidade em negociar o débito dos anos anteriores, mas, infelizmente, não fui ouvido”, disse em carta veiculada na noite desta quarta-feira.
Fábio queixou-se ainda da atitude de Paulo André, responsável por gerir o futebol cruzeirense na gestão de Ronaldo Fenômeno. Eles foram companheiros na década passada, durante a passagem do então zagueiro pelo Cruzeiro. O goleiro queixa-se de que o ex-jogador nem sequer o cumprimentou na reunião.
“Paulo André, que estava na sala ao lado, não teve sequer a consideração de me cumprimentar, sendo ele um ex-companheiro de clube”, declarou.