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4º Festival Paralímpico

Marabá sedia 4º Festival Paralímpico com mais de 200 participantes

Alunos de 7 a 17 anos, com e sem deficiência, participaram das modalidades de vôlei de areia, futebol de 7 e tiro com arco

Animação, motivação, superação e, claro, emoção não faltaram na 4ª edição do Festival Paralímpico, neste sábado (24), na AABB. Organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), com apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Marabá é uma das dezenas de cidades brasileiras a ter o Festival Paralímpico, com patrocínio das Loterias Caixa. 207 alunos de 7 a 17 anos, com e sem deficiência, participaram das modalidades de vôlei de areia, futebol de 7 e tiro com arco.

“Esse evento acontece anualmente no Brasil inteiro, simultaneamente, em comemoração ao Dia do Atleta Paralímpico. Ele tem o objetivo de divulgar o esporte paralímpico para a comunidade, para as crianças, para os professores. Temos alunos com todas as deficiências. Para mostrar que eles podem participar de todas as atividades dentro de uma escola, na aula de educação física, nas brincadeiras, nos jogos da escola”, esclareceu a Luíza Crisóstomo, professora de educação física do Departamento de Educação Especial da Semed.

Profª Luíza Crisóstomo, do Depto de Educação Especial da Semed

No vôlei de areia, o professor de educação física Vinicius de Oliveira Flain fez adaptações na modalidade esportiva para garantir a interação de todos os alunos.

“Estamos fazendo algumas atividades lúdicas que levam a entender como é trabalhado o vôlei de areia. É mostrar que a gente não tem essa dificuldade com essas crianças, a gente pode englobar todas as atividades, fazendo alguns tipos de adaptações. É promover a interação de alunos com deficiência e sem deficiência. A intenção aqui é colocar todos os alunos juntos. É gratificante demais, é muito legal participar dessas atividades, com toda essa inclusão que a gente traz com os alunos da rede, então é satisfatório demais”, destacou.

Professor de educação física Vinicius de Oliveira Flain

Quem gostou muito do vôlei foi o estudante da Escola Pedro Peres, Ronald Soares Araújo, que tem 14 anos. “Gostei, legal, tem um bocado de coisa pra fazer ainda. Tem um bocado de coisa que eu não sei ainda, que eu vou aprender. O arco e flecha não sei fazer, o escorregador vou tentar ainda. Eu gosto. No volêi a gente tem que derrubar os cones, não deixar a bola cair no chão, se deixar um ponto é de nós, ainda vamos fazer mais”, disse o adolescente.

Ronald Soares, estudante

A Dine da Silva trouxe o filho Felipe, que não tem deficiência, para se divertir com as outras crianças. “É muito bom eles participarem das dinâmicas, eles sem envolverem mais dentro da brincadeira. É muito bom esse projeto que eles realizam com as crianças deficientes. Eles ficam mais felizes também. É muito bom, na minha opinião, para ele entender outras realidades, se colocar no lugar do próximo também”, ressaltou.

Dine da Silva, estudante e mãe de aluno

No tiro com arco, o mais empolgado era o João Miguel, 10 anos, da Escola Miriam Moreira, que também ficou ainda mais animado em dar entrevista pra nossa equipe. “Gostei demais, que é primeira vez que eu tô participando da reportagem. Gostei oh do arco, quase acertei, foi perto, foi muito perto”, contou, deixando a vovó Eucline da Silva.

“Evolui bastante ele, é evolução, ajuda em tudo, da musculatura, da neuro, em tudo. Sempre que posso eu estou dentro [das atividades com o netinho]”, disse a avô do João.

João com a avó Eucliene

A modalidade tiro com arco foi monitorada pelo professor Antônio de Pádua, que trabalha na escola São José. Ele não esconde a alegria de explica que essa atividade pode ser desenvolvida por qualquer pessoa. “É uma das poucas modalidades esportivas que o atleta pode participar tanto das olimpíadas quanto da paralimpíadas. Eles interagem bem legal, não precisa de correria, não precisa ser um hiper atleta, uma criança que não tem uma determinada força para uma atividade coletiva, ele pode trabalhar com tiro com arco”, o professor revela que ver o desenvolvimento dos alunos é motivo de muita alegria.

“Eu tenho uma aluna autista, ela é campeã em tiro com arco, é fantástico a atividade para esse público. O coração do professor fica muito feliz, já trabalho há 20 anos e sempre me emociono”, contou com a voz embargada.

Falando em emoção, esse é o sentimento do diretor geral de ensino da Semed, Fábio Rogério Rodrigues Gomes, em ver mais uma edição do Festival Paralímpico. “Na verdade é um sábado que a gente se emociona. Esse momento é focado no esporte, é lindo de ver as crianças, com todas as suas adversidades, com suas deficiências, vencendo barreiras, participando de atividades comuns do dia a dia, é um momento muito importante. Além de fortalecer, de potencializar a ideia de incluir as pessoas, acolher as pessoas, e a secretaria tem uma política voltada para essa ideia de inclusão, de respeito e de acolhimento, possibilitando, em parceria com outras instituições, que momentos como esse sejam uma realidade e possibilitando lazer, de fato, a todos”, reiterou.


Fábio Rogério Rodrigues Gomes, dir. geral de ensino da Semed

Fonte: ASCOM/PMM

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